sexta-feira, 31 de julho de 2009

Na dor seja a dor

O término de um relacionamento pode ser comparado a um luto de morte ou aceitação da própria morte. Elisabeth Kübler-Ross fala de 5 sentimentos que nos permeiam até que possamos nos conciliar com o fim. Os sentimentos são negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Muitas pessoas nunca saem da negação (isso não está acontecendo comigo!), passam a vida inteira com vendas nos olhos, mergulhados nos véus da ilusão, acreditando que assim não vão sofrer. Engraçado como tantas pessoas dizem que os ignorantes (ou os racionais) são mais felizes. Será? E as dores no estômago, na cabeça, no corpo todo, ansiedades, angustias, síndrome do pânico, depressão, acessos de fúria, mal humor, etc.? Nunca se perguntam qual a origem primeira e inconsciente de suas doenças. Na negação existe uma necessidade de controle. Controle do que? Quando negamos estamos tentando evitar a constatação de que a dor (o sofrimento) faz parte da vida, é uma das certezas que não podemos modificar. Nosso maior medo é acreditar que não podemos lidar com a dor e a mascaramos tentando estar em guarda para evitá-la....neste ponto entra o controle (quem tem pânico geralmente é um grande controlador). Podemos aceitar esta certeza e ficarmos mais confortáveis quando permitimos a dor, que é natural, e não acrescentamos mais dor ao tentar controlar tudo.
Quando estamos de luto (independente da razão) muitas pessoas dizem que devemos ser fortes. Fortes no sentido de não demonstrar nossos sentimentos (não chorar, não espernear, não aceitar, etc). Isso não é ser forte, é não sentir (negação). Passei muito tempo da minha vida achando que ser adulto era negar os sentimentos, mas descobri nestes anos todos de terapia e busca espiritual que a fortaleza esta em sentir tudo que vier. Como dizem os budistas, na dor seja a dor. Isso não quer dizer para sermos masoquistas, mas para aceitarmos o que nos aparece e como aparece sem desejo ou aversão. Manter-se bem no luto e estar integro é aceitar tudo que vier. Devemos ser viscerais. Podemos chorar aos cântaros, depois lavar os olhos e sair sorrindo para a vida. Podemos estar tristes e mesmo assim contentes.

sábado, 27 de junho de 2009

O terceiro é o relacionamento

Muitas vezes as pessoas se perguntam quando finda um relacionamento, mas porquê? Parecia que ia tudo bem, com os altos e baixos que inevitavelmente as relações tem. Se você se faz esta pergunta com certeza tem um bocado de maturidade. Porém muitas vezes o problema não é com o que você fez ou deixou de fazer, mas com o seu parceiro ou parceira. O problema aqui não esta relacionado com juízos de valores: bem ou mal, certo ou errado. E sim com a questão da quantidade de compromisso que conseguimos ter com a relação. Eu sempre imagino que quando nos envolvemos com alguém aparece um terceiro componente ou parceiro: a própria relação. E para que este companheiro seja amado é preciso fazer algumas tarefas da Alma. É preciso, como diz Clarissa Estés, não só ser forte, mas também sábio. Esta sabedoria consiste em conseguir fazer uma viagem, encarar determinados medos, fazer algumas tarefas. Muitas pessoas ingenuamente acreditam que amar não dá trabalho nenhum e muitas vezes usam o outro como um anestésico para solidão, porém “quando estamos vazios e procuramos por amor só encontremos mais vazio e solidão”. Afinal, quais seriam estas tarefas e podemos desenvolvê-las mesmo quando estamos sozinhos. A resposta é sim para a segunda pergunta, pois podemos estar comprometidos com os relacionamentos mesmo não tendo no momento nenhum relacionamento amoroso. Porque é no relacionamento com a nossa própria alma que podemos ter bons relacionamentos, mesmo que eles acabem, terminem, morram.
Quanto as tarefas, são elas:
1ª tarefa: ser capaz de enxergarmos-nos como realmente somos. De forma honesta e verdadeira: perceber os jogos que fazemos, a mentiras que perpetramos em nome do amor. Isso é encarar tudo aquilo que nós achamos que é feio em nós e ai podemos passar a olhar para o outro como ele é e não como gostaríamos que ele fosse.
2ª tarefa tem a ver com voltar nossa vida para nós mesmos. Muitos filmes, novelas e músicas sempre pregam que se você ama você não vive sem o outro. Na verdade aquele que morre para o outro já está morto para si mesmo. Isto tem mais a ver com patologias psíquicas que com amor. Quando amamos realmente somos capazes de abrir mão do nosso amor se vemos que o outro não ama a relação, não ama a si próprio. Pois não somos capazes de suprir a necessidade de amor que o outro não tem por ele mesmo.
3ª tarefa: precisamos estar dispostos a ser forte, precisamos ter coragem de arrancar todos as nossas máscaras e peles, armadilhas que fizemos para nós mesmos. Temos que ter coragem de desistir que nós temos razão, de que tem que dar certo. Precisamos nos entregar para aquilo que o momento presente nos oferece.
Um relacionamento que acaba, traz dor e sofrimento. Projetos futuros que são jogados fora, companhia que não mais esta presente, colo amigo para compartilhar as alegrias e tristezas da vida. Porém passamos por tudo isso inteiros se soubermos quem somos e aonde nossa alma quer chegar.

domingo, 22 de março de 2009

Só sei que nada sei

Só sei que nada sei. Esta frase é tão antiga quanto a própria história da filosofia ocidental. Sócrates que viveu no auge do nascimento da filosofia grega, disse está frase para contestar uma revelação feita pelo oráculo do Templo de Apolo, na cidade de Delfos (Grécia). Um amigo seu perguntou ao Oráculo (uma pessoa, um livro, um baralho, ou algo que nós responde uma pergunta) se Sócrates era o homem mais sábio que existia. Ele disse que sim. Este amigo de Sócrates voltou a Atenas (sua cidade de origem e de Sócrates) louco para contar a notícia ao Homem mais sábio que existia. Quando Sócrates ouviu a notícia, não acreditou. Disse que provaria a Apolo que ele, com certeza, não era o homem mais sábio. Procurou todos os grandes sábios de Atenas para conversar e com isso mostrar quão ignorante era. Mas Sócrates tinha o hábito de perguntar (em grego, Ironia) as pessoas qual era a essência daquilo que elas estavam falando. Quando alguém lhe dizia ser o maior conhecedor sobre a verdade, ele perguntava: “O que é a Verdade, afinal?” Ora, agarrar conceitos definitivamente e integralmente é algo que nunca vamos conseguir. Sócrates já havia percebido que temos provisoriamente conhecimento de alguns conceitos, mas nunca poderemos dizer que sabemos algo de forma absoluta. Quando estamos amando, é óbvio que estamos utilizando o conceito de amor que temos dentro da nossa alma. Mas com certeza algo no mundo, na vida, no relacionamento vai nos fazer despertar pra a precariedade do nosso conceito. O amor acaba, por exemplo, e pensamos: “nossa! Eu achei que soubesse o que era o amor”. Claro que sabemos, mas não é algo definitivo. A vida a todo momento nos faz reavaliar nosso conceitos. Olhá-los sobre outras perspectivas. Podemos nos recusar a ir em frente, a investigá-los e compreendê-los e, até mesmo, modificá-los ou acrescentar algo a eles. Mas eles estão aí, não deixam de existir e nos incomodar.
Foi isso que aconteceu a Sócrates. Ele foi mostrando, com perguntas, aos sábios Atenienses que eles, apesar de se acharem doutos, não sabiam nada. Isso deixou muita gente com raiva. E Sócrates chegou a conclusão que ele era o homem mais sábio que existia não por saber, mas, ao contrário, por saber que não sabia nada. Sua sabedoria consistia em ter consciência da sua ignorância. Os outros não sabiam e não sabiam que não sabiam. Ele Sabia que Nada Sabia.
A conclusão que podemos inferir disso tudo é que o maior exercício que podemos fazer para apreender sobre nós mesmos (Conheça-te a ti mesmo. Frase que Sócrates também adorava citar) e sobre o mundo é a humildade. Conceito que sempre nos escapa e sempre estamos tentando traduzir. O que é ser verdadeiramente humilde?
Nova tecnologia, novo namorado, nova cidade, novo emprego, novo curso. Tudo nos pede a humildade de não sabermos nada.
Porém, infelizmente, muitos acreditam que só por termos provisoriamente um conceito sobre algo, então não devemos refletir, investigar ou pensar sobre aquilo. Mas Sócrates respondeu a isso super bem: “Uma vida sem pensamento não vale a pena ser vivida”.

Referência Bibliográfica:
ARANDET, Hannah. A vida do espírito: o pensar, o querer, o julgar. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1995.
GAARDER, Jostein. O mundo de Sofia: romance da história da filosofia. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

domingo, 1 de março de 2009

Então, o que é o amor?

Desde muito pequenos nos ensinaram como amar e a quem amar. Veio da nossa cultura e dos nossos pais. Nunca paramos para responder a esta pergunta, mas balizamos nossa conduta por um modelo que, de uma certa forma, nos foi imposto. A primeira vez que pensei sobre o amor foi exatamente porque questionei sobre se o que eu sentia era realmente amor. A pergunta assustadora “será que amo?” nos leva a uma outra “será que sabemos o que é amar”.
O que nos ensinaram? Que o amor é incondicional, que quando amamos somos um com o outro, se encontrarmos nossa cara metade seremos felizes para sempre, o amor não exige, o amor não pede nada em troca, quando amamos nos doamos inteiramente e para sempre. Depois de tudo que pensei, li, aprendi e chorei (para mim não existem aprendizados significativos para alma sem uma boa dose de choro – remédio necessário e curativo) descobri que o amor não era nada daquilo que tinham me ensinado.
O dicionário Aurélio da língua portuguesa tem mais de 10 definições para o amor. Acho que juntando tudo o que está dizendo ali eu poderia dizer: amor é um sentimento de afeto que pode envolver laços, adoração, veneração, atração física, amizade, carinho, simpatia, ternura, companheirismo. Não existe somente um tipo de amor (os gregos antigos já sabiam disso). E não precisamos ir muito longe para perceber que o amor é um sentimento que permea toda a vida humana. As novelas, filmes, música, cinema e qualquer outro tipo de arte, fala sobre o amor. Dizemos que Deus é amor. Isso parece ser unânime em todas as grandes religiões. Mas será que todo amor é bom, saudável, necessário? Será que muitas vezes não usam o amor como uma forma de nos manipular para que possamos servir ao poder e ao sistema sem ao menos pensar: “é assim mesmo”?
Clarissa Pinkola Estés, no livro Mulheres que Correm com Lobos, nos ensina o que é preciso aprender para se ter um amor pleno. Precisamos olhar para nós mesmos e não fugir de quem a gente é. Buscar no outro a salvação de uma vida miserável, angustiante, triste e até mesmo tediosa é correr do amor. Para se amar é preciso olhar aquilo que em nós não “cheira-bem”, perceber do que estamos sempre fugindo, ver beleza em nossas partes “não-belas”. O que o amor faz quando entra em nossa vida? Mexe no nosso lago cristalino de auto-imagens irreais, passa a mão lá embaixo e traz a tona todas as nossas mentiras e ilusões. Para amar é preciso ser corajoso e forte, pois não há amor sem mortes (para que nasça algo é preciso que a morte se faça presente): nós cometemos o erro de amar achando que tudo vai ser lindo e puro êxtase para sempre. Mas no amor tem vida e vida tem altos e baixos. O amor nos testa para podermos ver o que realmente somos e se gostamos de nós assim, exatamente assim, com todos os nossos “chulés e perebas” e se somos capazes de enxergar e amar o outro como ele dolorosamente é (sem máscaras). Amor não é droga (que anestesia a dor). Amor é este sentimento que nos vira pelo avesso (contrário do parto) e nos torna íntegros.
Quer saber se você ama de verdade? Para saber a resposta é só ver se você tem um relacionamento que lhe faz crescer, amadurecer, estar em pé de igualdade com o outro mesmo tendo gostos, opiniões e certezas diferentes. Perceber se você se sente em paz e não precisa ficar o tempo todo fazendo de tudo para aquela relação dar certo com medo do que o outro vai pensar ou fazer (pisando em ovos). Sinta se você está contente consigo mesmo, se sente integro, inteiro sem esconder ou escamotear o amor, o gostar, a raiva, o incomodo. O amor, por não ser este ideal que nos criamos para ele, tem sempre a oportunidade de se renovar, renascer e se recriar.
Como eu sei disso? Acho que sou uma filósofa (penso) e estou amando (vivo).

UM CONVITE AO FILOSOFAR

Por Marcos Antônio Gonçalves Magalhães - Curso de História

O mundo contemporâneo nos faz um convite pungente: é hora de nos enfeitarmos através do conhecimento e do desejo de querer ser; do entusiasmo de poder conquistar um saber que nos retire da ignorância.
A necessidade de crescermos e amadurecermos chama com sua fina voz!
A filosofia, neste convite, é a lança que, com o sangue do esforço, perfura a maligna águia da ingenuidade. Com a filosofia temos a perder somente o "piloto automático", decidindo, para nossos pés, um chão mais confiável para pisar.
A filosofia nos impele a independência: reagir a atos falhos, reavaliar nossa importância, resumir nosso sofrimento, avançar na qualidade intelectual e de vida. A filosofia e o moleiro que transforma o barro frágil das nossas crenças e pensamentos cotidianas em vaso de cerâmica argumentativo e reflexivo. Nossa mente necessita de uma eterna modelagem, ou se imobiliza trancada no esquecimento!

A filosofia nos leva a entender que a energia absoluta emerge do combatente honesto de idéias onde nossos pares podem buscar a excelência através do diálogo.
O amor pela sabedoria ressurge e nos educa para buscar saídas reconhecendo que somos parte de um mistério e ao mesmo tempo nos impulsiona a concórdia e ao otimismo.
Sem a filosofia somos somente seres humanos cabíveis as normalidades e é responsabilidade e dever de cada um criar e adornar uma intrigante existência.

FILOSOFIA: PARADIGMA DO BEM VIVER

Por Luiz Miguel Mendonça Gonçalves - Curso de História

A filosofia é o despertar para ver e mudar o nosso mundo - Merleau Ponty

Modelada na Grécia antiga, a filosofia pode levar todos os seres humanos a se perceberem seres pensantes e capazes de uma instrução vasta e variada; Nada mais propício para uma época histórica onde se valoriza a superficialidade e os conhecimentos rápidos e fáceis. A incapacidade de pensar porém nos trás graves efeitos coletarias: como nos transformar em sujeitos incapazes de pensar por nos mesmo e conseqüentemente nos tornando seres superficialmente cabíveis nos padrões sociais.
Quais as vantagens de se pensar filosoficamente?
A filosofia nos ajuda a encontrar nossa essência, deixando de lado os padrões preestabelecidos. Ela é como um espelho no qual nos deparamos com nos mesmos, nos ajuda a reavaliar valores e conceitos éticos, psicológicos, estéticos, religiosos, etc.
O questionamento filosófico nos extrai de uma situação instintiva e impulsiva, e nos coloca em uma posição mais completa onde traçamos parâmetros que utilizam o pensamento racional nos libertando das correntes da ignorância.
Nos capacita a ser consciente de nós mesmos e de nossas ações.
Se você busca a liberdade e a felicidade para você e para o outros: a filosofia é o caminho.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Merecimento

O amor tem que se fazer por merecer. Ás vezes somos ingênuos e o tratamos como crianças mimadas que querem que tudo seja do nosso jeito. Não devemos reverenciar o outro, mas o amor. Caminho que nos perpassa, penetra e integra. Que depois de conhecido não conhece saída, só entradas. Se não fazemos por merecer o amor, nos tornamos obcecados, tediosos, excessivamente ciumentos e possessivos. Não percebemos que nada é nosso, inclusive o amor. Merecer o amor é perder o controle. Ter paciência de esperar a hora certa. Correr por campos de girassóis de mãos dadas com a morte. O amor, mesmo no auge da paixão, às vezes nos foge: ficamos amargos e mesquinhos. Porque queremos coisas que ainda não são possíveis para nós. Só poderemos ter romance, se formos românticos. Só poderemos ganhar bombons e cesta-de-flores se formos capazes de distribuir pétalas e chocolate em nossos gestos e palavras. Quantas vezes queremos um amor que não podemos dar. Exigimos sensibilidade e somos trogloditas. Dizemos ao outro: “Nossa! Como você pode gostar destas músicas!; Porque você é tão intelectual!; Que isso!?! Não pode ver nada que chora!.”
É! Exigimos sensibilidade sem sermos capazes de nos enxergar.
Ama quem é capaz de se virar do avesso para se conhecer. E sabe que o caminho é muito doloroso. Ama quem se vê exatamente como é: medíocre, grosseiro, amargo, egoísta, chato, mas também gentil, lindo, generoso, humilde. Não somos, estamos! E, ao olhar para nossa alma enxergando nossas feridas, ao ter a coragem de sermos quem somos e tentar honestamente assumir nossos erros e melhorar, um pouco de amor bate a nossa porta.
“- Toc, toc, toc....” - e nos diz: “Não trouxe só alegrias, mas estou repleto de conhecimentos sobre como viver mais plenamente, tudo absolutamente tudo. Venha!” “Para me merecer você precisa esquecer sua história de repetições, precisa abrir-se para a morte e para a vida. Precisa querer”.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Desejos

Sou todos os desejos do mundo: quero fazer um blog, ter um home page,desejo ser pintora e estudar Inglês! Roubo a bala da mão da criança; Desespero-me de todos os livros ainda não lidos em minha estante. Insisto no que é pecado. Olho a casa, uma bagunça: queria tudo milemetricamente organizado. Tenho idéias para 05 livros, mas nenhum dedo na hora de digitar a primeira frase. Corri mundos inimagináveis atrás de saber quem eu sou. Descobri que vou morrer procurando e que o gostoso é estar sempre indo atrás. Mas tem hora que cansa e dá vontade de dormir. Deito no meio da tarde e me esqueço de tudo que é politicamente correto. Adoro pipoca, sorvete de ameixa com coca-cola, funde de queijo, beijo na nuca e olhar pela janela e ver que o mundo é maior que meu umbigo. Fico pensando porque não ser igual estas pessoas que tem só um desejo (“Quero unicamente ser advogada!”; “A única coisa que desejo é ter alguém!”; “Meu único sonho é ter um carro!”) e com isso me contentar e ficar feliz! Resumo de felicidade! Eu não! Tenho vontades de criança que olha o mundo grande e diz: "quero tudinho!". Tudo ao mesmo tempo. E também sinto a frustação de não conseguir levar tudo nos braços. Às vezes rio de mim, outras tantas choro. Talvez por isso goste tanto de ler. Sou outras pessoas. Vivo intensamente...roubo as histórias...desnudo-me e sou eu mesma.